quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gasoduto Brasil-Bolívia

O Gasoduto Bolívia-Brasil possui 3.150 km de extensão, sendo 557 km do lado boliviano e 2.593 km em solo brasileiro. Inicia-se em Rio Grande, na Bolívia, com 32" de diâmetro, alcançando a fronteira com o Brasil no Mato Grosso do Sul (Puerto Suarez-Corumbá) e seguindo com o mesmo diâmetro até Campinas (1.258 km no trecho Corumbá - Campinas). Daí, divide-se em dois ramais principais com diâmetro de 24". O primeiro até Guararema (155 km), onde se interliga com o sistema de dutos da Petrobras (São Paulo - Rio de Janeiro - Belo Horizonte), e o segundo (1.180km) até Porto Alegre. A capacidade máxima do gasoduto é de aproximadamente 30 milhões de m3/dia.


O trecho Campinas-Guararema faz a ligação com outros gasodutos na Região Sudeste que ligam as Bacia de Campos e de Santos a centros de consumo no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Com a implantação do gasoduto Bolívia-Brasil, o país passará a dispor de um sistema de dutos interligados de aproximadamente 4000 km, além do sistema já existente no Nordeste.


MERCADO



O gasoduto liga os mercados de sete estados (MS, SP, MG, RJ, PR, SC e RS).


Inicialmente, previa-se que o gás importado da Bolívia seria consumido quase totalmente pela indústria. A possibilidade de déficit de energia elétrica, aliada a melhoria na eficiência da termelétricas, tornou o setor elétrico um grande mercado para o gás boliviano.


Diversos projetos de instalação de termelétricas ao longo do gasoduto estão sendo considerados em quase todos os Estados. Caso todos os projetos em análise se concretizem, grande parte do gás boliviano seria destinado à geração termelétrica.




A distribuição do gás natural aos consumidores é de responsabilidade da companhias estaduais, tendo sido assinados contratos de fornecimento de gás entre a Petrobras e as seguintes companhias: COMGAS (SP), COMPAGAS (PR), SC Gás (SC), SULGAS (RS) e MS Gás (MS). A maior penetração do gás natural no setor industrial depende, fortemente, do ritmo de implantação da infra-estrutura de distribuição por parte das companhias estaduais. Pelo lado da demanda, o processo de adaptação do setor industrial depende da disponibilização de linhas de financiamento, que propiciem viabilidade econômica, além das vantagens operacionais geradas pelo uso do gás natural. Também, constitui fator de aceleração da demanda a adoção de uma política energética, voltada para o desenvolvimento sustentado que incentive os combustíveis menos poluentes.

 
Por: Natália

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